Contextualização do projeto
Embora
cada vez mais extenso e variado de diversas formas, o mundo do futebol vive um
crescente período de monopolização. Os grandes campeonatos – sobretudo europeus
– são, na esmagadora maioria das vezes, os únicos com relevância e tempo de
antena no panorama jornalístico internacional. Futebolisticamente falando, os
países mais “pequenos” acabam por ser relegados para um plano de considerável
inferioridade, tendo apenas destaque – e, por vezes, não o suficiente – no respectivo
país.
Sem
receio de divagar sobre as grandes figuras do campeonato dinamarquês ou dos absolutos destaques no campeonato japonês, onde há espectáculos de qualidade deveras
surpreendente, o Futebol 180 vem dar, como o próprio nome indica, uma volta de
180 graus naquilo que é o falar e analisar o desporto rei. Sem fronteiras
geográficas, o projecto propõe-se, de forma rigorosa e minuciosa, a explorar os
vários aspectos futebolísticos que são frequentemente menosprezados, rudemente
ignorados ou simplesmente desconhecidos pela esmagadora maioria do casual
adepto de futebol.
Com
um público-alvo extenso, o projecto aponta a todos os amantes da modalidade
que, de uma forma de ou outra, queiram preencher uma lacuna ou um vazio – ou simplesmente
a sua veia curiosa - no que toca ao seu conhecimento futebolístico. Rasgando do
típico diário ou blog desportivo que enfatiza os principais acontecimentos do
mundo do desporto rei, o Futebol 180 acaba por se destacar ou diferenciar pelo
critério alternativo em destacar as incidências menos relevantes no panorama
mundial.
Num
futebol monopolizado, dominado pelos campeonatos mais reconhecidos pela sua
qualidade e pelas suas capacidades financeiras, a pouca variedade de conteúdo –
salvo poucas excepções – acaba por marcar de forma relativamente negativa a
cultura futebolística mundial.
Em
180 graus, os grandes campeonatos e todos os monopólios são postos de lado,
dando importância a quem verdadeiramente merece uma oportunidade de brilhar na
ribalta. Com tanto futebol por ver, vibrar irracionalmente e posteriormente
analisar racionalmente, o maior erro imaginável seria não me comprometer a este
projecto.
Luís Barreira,
fundador do Futebol 180
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