American Dream

18:59 Luís Barreira 0 Comments


   Se tivesse partido o mesmo pé por 3 vezes em 2 anos desistia de tudo ou continuava a perseguir os seus sonhos no mundo do futebol?

   De 2006 a 2008, enquanto estudava no Colégio de West Anglia, o inglês Dom Dwyer partiu o pé direito por 3 ocasiões. Para os médicos, quaisquer aspirações que tivesse de perseguir uma carreira profissional no desporto rei estavam postas por terra. As lesões eram demasiadas e demasiado frequentes para, sequer, tentar singrar no mundo futebolístico. E se tivesse seguido o conselho dos especialistas de saúde, hoje podia ser ou um advogado ou estar simplesmente desempregado e desistido de ter quaisquer aspirações na vida. Mas, não sendo advogado, é um dos goleadores mais letais da Major League Soccer, principal campeonato de futebol nos Estados Unidos.

   Não se conformando com a possibilidade da sua carreira ter terminado ainda antes de começar, o britânico continuou a perseguir o seu sonho que, através do observador Joe McLaughlin, o levou para o Texas, nos EUA, onde representou a equipa universitária do Tyler Junior College. Aí, marcou 37 golos numa temporada e acabou por vencer dois campeonatos nacionais universitários. Em 2011 mudava-se para a Florida, onde de forma breve representou os South Florida Bulls. Esse seria o clube que lhe abriria portas que, após tantas lesões e tantos desgostos, jamais imaginaria ser abertas.

   O momento determinante da sua carreira chegaria quando, em 2012, o Sporting Kansas City, da MLS, iria adquiria os seus serviços. Com apenas 17 partidas disputadas e 2 golos apontados no campeonato, o inglês seria emprestado ao Orlando City de uma divisão inferior em 2013 para ganhar rodagem. Lá consumou o ponto de viragem da sua carreira, onde libertou o goleador dentro de si e apontou uns inacreditáveis 22 golos em 15 jogos em todas as competições. Sem recursos financeiros para manter o jogador, Dwyer regressaria aos altos voos do futebol norte-americano, integrando novamente o plantel do Sporting Kansas City na temporada de 2014. E aí marcaria a época mais produtiva da carreira: além de ser utilizado em 40 jogos no decorrer do ano, marcaria uns impressionantes 24 golos.

   O britânico recebeu o cartão verde em 2012, significando que em termos de plantel seria designado como um jogador doméstico, ou seja, norte-americano. Em janeiro de 2015 casar-se-ia com a futebolista norte-americana Sydney Leroux, esperando agora o seu primeiro filho no próximo mês de setembro. Dwyer vive, sem dúvida alguma, o sonho americano.

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